Sesapi discute eliminação da transmissão vertical do HIV e sífilis com profissionais de saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Coordenação de Doenças Transmissíveis, realizou nesta sexta-feira (6) o seminário de Prevenção da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. O evento, realizado no Centro de Eventos Sucesso, reuniu profissionais da atenção primária para discutir e desenvolver ações e estratégias para eliminar completamente a transmissão vertical dessas doenças no Piauí.

Durante o seminário, foram abordados temas como o papel das equipes da atenção básica, a importância do diagnóstico precoce no pré-natal, o manejo clínico de gestantes e bebês expostos ou infectados pelo HIV e sífilis, o trabalho da vigilância epidemiológica e o cenário atual da saúde no Piauí.
 

"Para concretizar o nosso objetivo de erradicar a transmissão vertical tanto do HIV quanto da sífilis, precisamos do engajamento de todos, especialmente das equipes da atenção primária. É com o diagnóstico precoce dessas mulheres e a oferta do tratamento em tempo oportuno que podemos interromper essa transmissão", afirmou Karinna Amorim, coordenadora de Doenças Transmissíveis da Sesapi.

Lysmara Pinheiro, membro da coordenação da ONG AIDS, destacou a importância das equipes de saúde levarem o serviço de testagem até a população. "Se as equipes fizerem esse trabalho, indo até a população, é possível notificar e tratar preventivamente, evitando que a doença se torne mais prejudicial para o estado e para as pessoas", afirmou Lysmara.
 

Garantindo a identificação precoce e o tratamento adequado é possível eliminar os riscos de transmissão vertical, permitindo que mãe e bebê cheguem ao parto de forma mais segura e saudável. Carmem Viana, diretora da Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa, ressaltou que fortalecer a prevenção das ISTs no pré-natal é fundamental para melhorar os indicadores do estado.

"Ao prevenir a evolução da infecção ainda no pré-natal, diminuímos os indicadores de transmissão, o que reduz diretamente os índices de mortalidade materna e infantil. Esse é um trabalho que deve ser feito com o engajamento de todos", concluiu a diretora.